A Secretaria de Estado da Saúde publicou nesta quarta-feira (4) uma Nota Técnica com informações de cuidados para prevenir a transmissão de gripe em crianças e adolescentes.

A chegada do outono aumenta a incidência da circulação de vírus que causam infecções respiratórias mais severas, principalmente em crianças e adolescentes. Em virtude disso e com o objetivo de conter os casos de gripe e outras doenças respiratórias, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou uma Nota Técnica com cuidados gerais que orientam como prevenir a transmissão da doença.

A medida foi tomada de acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep), pois mais de 1.600 crianças de zero a quatro anos já foram hospitalizadas entre janeiro a abril deste ano com Influenza. O número é quase 4 vezes maior do que o registrado em 2019, que na época confirmou pouco mais de 460 internamentos de crianças dessa faixa etária. Em 2020 o número se manteve igual ao de 2019, Já em 2021, chegou passou de 1.200 casos registrados.

Entre os vírus respiratórios que circulam pelo Paraná neste momento estão Sars-CoV-2, Sincicial, Rinovírus e Influenza.

Segundo o vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), Victor Horácio de Souza Costa Júnior, o hospital registrou nos últimos dois meses aumento de 153% de pacientes no Pronto Atendimento e chegam a atender 400 crianças em um único dia.

Victor Horácio afirma que o hospital voltou a ter alguns casos de crianças internadas com Covid-19, que não foram vacinadas, além de muitos casos de pacientes com infecções respiratórias graves. Neste momento, a ocupação média do Hospital Pequeno Príncipe está em 85%, quantidade elevada para a média anual.

As orientações da Nota Técnica emitida pela Secretaria Estadual da Saúde são direcionadas a pais e responsáveis por crianças e adolescentes, com precauções sobre quais cuidados devem ser adotados em ambientes onde haja o convívio comum, também orienta sobre higienização, além de chamar a atenção para os sinais da doença.

O documento produzido pela equipe de Atenção e Vigilância em Saúde também propõem procedimentos que podem ser realizados, como manter o distanciamento social e evitar aglomerações, deixar os ambientes arejados com janelas e portas abertas, lavar constantemente as mãos ou uso de álcool 70%, higienizar com frequência os brinquedos das crianças, orientar os pequenos para não compartilharem objetos pessoais (entre eles pratos, talheres, copos, garrafinhas e toalhas) e também para utilizarem máscaras.

As infecções respiratórias se manifestam com sintomas, como secreção e obstrução nasal, tosse, chiado no peito, dor de garganta, dor de cabeça, alterações de paladar e olfato, e podem, ou não, apresentar febre. Ainda pode haver também vômito e diarreia.

O vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional no atendimento de crianças e adolescentes, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, reforça a importância da vacinação tanto para as crianças quanto para os adultos. Ele também comenta que no Dia D da Vacinação houve baixa adesão.

A Secretaria de Estado da Saúde também divulgou uma Nota Técnica com orientações que devem ser adotadas pelas instituições de saúde durante o atendimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).