O aumento dos casos de sarampo na Bolívia reacende o alerta das autoridades de saúde. De acordo com o boletim mais recente da Organização Pan-Americana da Saúde, divulgado em 1º de julho, já foram confirmados 60 casos da doença no país vizinho.

Embora ainda não haja registros no Paraná, o risco de reintrodução do vírus preocupa. Diante desse cenário, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça a importância de que a população mantenha o esquema vacinal em dia para evitar a circulação do sarampo.


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O esquema vacinal de rotina prevê duas doses contra a doença: a primeira aos 12 meses, com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola; e a segunda aos 15 meses, com a vacina tetra viral, que também inclui proteção contra a varicela.

Segundo o secretário, a cobertura da segunda dose ainda está abaixo do ideal.

O responsável pela pasta destacou a necessidade da imunização.

Os principais sintomas do sarampo são febre alta, tosse, coriza, olhos vermelhos e irritados, além de uma erupção cutânea avermelhada que costuma surgir primeiro no rosto e, em seguida, se espalhar pelo corpo. Também podem aparecer manchas brancas na parte interna das bochechas.

O sarampo é altamente contagioso e pode causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas e pessoas não imunizadas. A médica pediatra do Hospital Pequeno Príncipe, Simone Borges da Silveira, alerta para os riscos que a doença pode trazer.

Quem não completou o esquema vacinal na infância deve procurar uma unidade de saúde para atualizar a caderneta. Crianças, adolescentes e adultos de 15 meses a 29 anos precisam ter tomado duas doses ao longo da vida. Já adultos entre 30 e 59 anos devem ter recebido pelo menos uma dose após o primeiro ano de vida.

Dose zero

Como medida preventiva, desde 13 de junho, o Ministério da Saúde determinou a aplicação da chamada “dose zero” para todos os bebês de 6 meses a menores de 1 ano. A estratégia é temporária e visa proteger esse público mais vulnerável em contextos de risco aumentado.

A dose zero oferece uma proteção precoce, mas não substitui as vacinas previstas no calendário regular, que devem ser aplicadas aos 12 e 15 meses. A vacinação é gratuita e fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacinação em Curitiba

Os locais e horários de vacinação podem ser consultados no site Imuniza Já Curitiba. Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato com a Central Saúde Já, pelo telefone 3350-9000, de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e aos fins de semana, das 8h às 20h.