A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou dois casos de hantavirose na cidade de Cruz Machado, no sul do Estado. As equipes de epidemiologia da Sesa fizeram um trabalho de vigilância da doença em campo.

O local em que provavelmente ocorreu a contaminação, foi monitorado durante uma semana, e recebeu, além das equipes da Sesa e da Secretaria Municipal de Cruz Machado, profissionais da Fiocruz, do Rio de Janeiro, do Ministério da Saúde e também contou com o apoio técnico do Instituto Carlos Chagas.

A Vigilância em Saúde da região enviou técnicos para acompanhar os casos e monitorar a evolução da doença. As investigações epidemiológicas se concentraram na identificação das espécies e na possível existência de uma nova variante de hantavírus em circulação no ambiente. O chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, Emanuel Marques da Silva, falou sobre os trabalhos de campo que estão sendo feitos.

Emanuel falou que esse trabalho tem o objetivo de orientar a população quanto à doença.

A transmissão da hantavirose acontece a partir da inalação de partículas virais que ficam no ar e vêm da urina e das fezes de ratos do campo. Algumas atividades ou locais podem ser mais suscetíveis a contrair a doença, como, por exemplo, as culturas de grãos.

A hantavirose é uma doença aguda, que evolui rapidamente e é semelhante a uma gripe forte. A pessoa infectada apresenta febre, dores no corpo, dor de cabeça, tosse seca e falta de ar. Em alguns casos podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreia. A orientação é para que assim que os sintomas surgirem, a pessoa procure um posto de saúde mais próximo para atendimento.

A notificação para as secretarias municipais e estaduais de saúde deve ser feita em até 24 horas. Além disso, o Ministério da Saúde também deve ser notificado, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Além dois casos de hantavirose registrados em Cruz Machado, este ano, foram registrados mais dois casos positivos: um em Rio Azul, que também fica no Sul do Estado, e outro em Curitiba.