A Secretaria Municipal da Saúde emitiu um alerta para casos de hepatite A em Curitiba. No ano passado, foram registradas 563 notificações da doença na capital paranaense. Destas, 73% foram em homens, principalmente entre 20 e 39 anos. Do total, 2,4% evoluíram para cuidados intensivos em UTI, com cinco mortes e um transplante.

Segundo a SMS, o cenário de alerta acompanha outras capitais, como São Paulo, Belo Horizonte e Natal, que registraram aumento da doença.

Neste ano, foram 64 casos confirmados de hepatite A em Curitiba, e 42% tiveram necessidade de hospitalização.

Mesmo com os números menores do que no ano passado, o alerta é necessário porque, apesar da queda no número de casos, ainda há um percentual considerável no número de internamentos, conforme explicou Alcides de Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde.

Para o médico infectologista, os jovens são mais suscetíveis à contaminação por conta da rotina e da possibilidade de não estar atento às medidas de prevenção.

A hepatite A é causada por um vírus transmitido, principalmente, pela via fecal-oral, quando há contato com água ou alimentos contaminados, ou por práticas sexuais que envolvem contato com fezes.

Sintomas e prevenção da hepatite A

Os sintomas da hepatite A podem incluir febre, mal-estar, dores no corpo, náusea, vômito, dor abdominal, diarreia e icterícia (peles e olhos amarelados).


SAIBA MAIS:


A vacinação é a principal forma de prevenção à doença. Alcides da Oliveira reforçou a importância de manter em dia a carteira de vacinação das crianças. No caso de jovens e adultos, o sexo desprotegido também é motivo de alerta para a doença.

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba lembrou que o imunizante fica disponível nas Unidades Básicas de Saúde desde 2013, para crianças de 1 a menores de 5 anos, além de públicos específicos, como usuários de Profilaxia Pré-Exposição Sexual (PrEP), pessoas com doenças crônicas do fígado, imunossuprimidas, candidatos a transplante e pessoas com HIV.

Além da vacina, lavar bem as mãos, higienizar alimentos, consumir apenas água potável e usar preservativos nas relações sexuais são medidas essenciais para evitar a transmissão da doença.

Por Johan Gaissler

*Atualizado às 10h48.