O saldo da balança comercial paranaense acumula US$ 4,5 bilhões de janeiro a agosto deste ano, é o maior valor registrado desde 1997, quando o Governo Federal iniciou o acompanhamento de dados.

Em agosto, o superávit estadual atingiu os US$ 488 bilhões. O resultado se deve tanto à alta nas exportações quanto à redução das importações do estado. Dentre as exportações, os itens que fazem parte do complexo soja representaram 37% da pauta exportadora em agosto.

No caso da exportação, o setor que tem impulsionado a economia do estado é o agronegócio. A movimentação de soja nos portos do Paraná deve registrar um crescimento de 203% no último trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Portos do Paraná. A previsão é de uma movimentação de três milhões e 647 mil toneladas de grãos de soja.

Atualmente, a movimentação de soja representa 25% da movimentação geral dos portos paranaenses. O diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, destaca a atuação dos dois Corredores de Exportação, Leste e Oeste.

De janeiro a agosto de 2023 foram exportadas mais de 10 milhões de toneladas de soja, 10% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Outro segmento que também é destaque nas estimativas para este fim de ano é o farelo de soja. A empresa pública deve movimentar um milhão e 400 mil toneladas do produto de outubro a dezembro, 72% a mais que no mesmo período do ano passado.

As exportações paranaenses também somam o maior valor em receitas cambiais da série, chegando a US$ 16,7 bilhões de janeiro a agosto.

Apenas em agosto, foram 179 mercados atendidos com mercadorias e serviços do Paraná, sendo 47% concentrados em cinco grandes países. O destaque de agosto é a China, que ficou com 27% do valor negociado. A ordem entre os maiores compradores é China, com crescimento este ano de 54% em valores exportados, seguida por Argentina (34%) também em alta, Estados Unidos, com redução nas vendas (-22%), México (+35%) e Coreia do Sul (+13%).

Em relação aos números de exportação, em seguida da soja, aparecem carnes (11%), material de transporte (7%), açúcar (5%) e madeira (4%). No ano, a soja responde por 35% do total de mercadorias vendidas pelo estado, seguida por carnes (15%), material de transporte (8%), madeira (5%) e produtos mecânicos e cereais (ambos com 4%).