Em uma breve pesquisa feita em alguns laboratórios que oferecem vacinas na rede particular, ficou constatado que nenhum tem disponibilidade do imunizante anticovid. Todos foram unânimes ao dizer que essa vacina só é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, a partir deste ano, o Ministério da Saúde recomenda que o reforço da vacina contra a Covid-19 seja anual ou semestral e destinado aos grupos prioritários, observado o intervalo mínimo de seis meses desde o recebimento da última aplicação.

O infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Marcelo Ducroquet, explicou o motivo pelo qual os outros grupos não recebem mais a indicação do reforço da vacina anticovid.

A Secretaria de Saúde de Curitiba informou que segue a nova diretriz do Ministério da Saúde que indica que a vacinação seja realizada a cada seis meses nos grupos prioritários das pessoas com 60 anos ou mais; gestantes e mulheres que tiveram filho há cerca de 45 dias; e também o público imunossuprimido com cinco anos ou mais.

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Já a dose anual é destinada às pessoas que fazem parte de um segundo prioritário que contempla trabalhadores da saúde; pessoas em situação de rua; público com comorbidades com cinco anos ou mais; pessoas com deficiência permanente a partir de cinco anos de idade; populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas com cinco anos ou mais; moradores e funcionários de instituições de longa permanência; funcionários do sistema prisional; população carcerária; além de jovens que cumprem medidas socioeducativas.

O infectologista ressaltou que o esquema primário de imunização está disponível para pessoas que não pertencem aos grupos prioritários e que não completaram o esquema vacinal com duas doses.

Portanto, essas pessoas ainda podem procurar uma Unidade de Saúde para se vacinar, de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde.

Segundo os profissionais da área, também é indicado seguir as orientações que todos já estavam acostumados desde o início a pandemia, como usar máscara em ambientes fechados e com muitas pessoas, manter os locais abertos e ventilados, lavar as mãos com água e sabão, além de adotar o uso do álcool em gel.

Diante da mudança nas orientações da imunização contra a Covid-19, que só está atende os grupos prioritários e da indisponibilidade da vacina na rede particular, a CBN Curitiba procurou o Ministério da Saúde, mas até o fechamento dessa reportagem não recebeu retorno.