Quem voltou do litoral paranaense neste domingo (2) passando pelo ferry boat, na Baía de Guaratuba, precisou de muita paciência. A fila se formou durante todo o dia e a espera pela travessia chegou a passar de três horas, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).

A empresa que administra o ferry boat desde abril de 2021 acumula problemas, seja por embarcações à deriva, falta de combustível e até mesmo a falta de um atendimento adequado aos usuários.

Com isso, muitas pessoas voltam a se perguntar sobre o projeto de construção da Ponte de Guaratuba, prometida há tanto tempo, mas que ainda vai demorar para ficar pronta. Aliás, para a obra ser iniciada isso deve demorar ainda dois anos.

Atualmente, segundo o DER-PR, o projeto está na fase de elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e de estudos preliminares de engenharia. O prazo para a conclusão desta fase é setembro de 2022.

Depois disso, é que o DER vai licitar a elaboração dos projetos de engenharia e aí acontecerá a licitação para a execução da obra. Para essas etapas, não há prazos definidos.

Até que a obra seja iniciada, o usuário tem apenas duas opções para chegar ou sair de Guaratuba. O ferry boat ou a BR-376, passando por Garuva, em Santa Catarina.

Para o advogado e empresário Paulo Latenek, a segunda opção, mesmo que também seja demorada, é a mais adequada.

Segundo a BR Travessias, empresa que administra o serviço do ferry boat, desde o dia 20 de dezembro houve um movimento incomum nas praias paranaenses, mesmo sendo algo comum e percebido todos os anos em todo o Brasil.

A empresa disse ainda que atua com três ferry boats e duas balsas para atender os usuários e que, neste domingo, ainda participou de uma ação para distribuição de água para quem estava aguardando na fila.