No Paraná, entre 2013 e 2022, 475 pessoas morreram por engasgos. O estado ficou em quarto lugar no ranking, segundo dados do Painel de Mortalidade do Ministério da Saúde. Em todo o Brasil, mais de 6 mil pessoas morreram por ocorrências desse tipo.
Já no caso das crianças de até nove anos, a inalação e a ingestão de alimentos ou outros objetos causando obstrução do trato respiratório foram responsáveis por 173 mortes em 2020 no país. Os bebês até um ano de idade foram as maiores vítimas, com 128 ocorrências de acordo com o Datasus.
Nesta semana, um adolescente se engasgou enquanto se alimentava em um restaurante em Paranaguá, no litoral de estado. Um policial rodoviário que estava próximo conseguiu aplicar a manobra de Heimlich e o adolescente se recuperou.
No caso das crianças, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, presidente da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP), médico infectologista e professor na Escola Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), lembra que os pais e responsáveis precisam sempre estar atentos.
O risco de morte súbita nos bebês é maior, justamente pelo afogamento com leite.
O médico alerta que a tosse é um dos sinais de alerta de engasgo.
Em caso de engasgo é preciso tomar uma atitude rápida. Ligar para o serviço de emergência e iniciar uma manobra para desobstruir as vias respiratórias.
No caso de crianças maiores e adultos é preciso fazer uma manobra diferente. Nathalie de Paula Damião, médica de família e professora de Medicina da Universidade Positivo (UP), explica o passo a passo.
A médica lembra da importância da capacitação da sociedade nos primeiros socorros.