Esse é o relato da Elise Margarete, esposa do Anderson. No domingo da semana passada ele subiu em um pé de mexerica para arrumar fios de luz e passou mal. Caiu de uma altura de três metros. Foi encaminhado para o Hospital Universitário Cajuru em Curitiba, onde foi avaliado com uma fratura na coluna. Precisou de cirurgia e, em menos de uma semana, recebeu alta. Um alívio para o casal, que pensou o pior.

Essa é uma das centenas de histórias de pacientes que passam todos os dias pelo Cajuru. Um lugar que carrega as dores e as alegrias do viver, do tratar, do curar e superar.

Nadira Francisca dos Santos é enfermeira do centro cirúrgico. Cresceu na carreira dentro da instituição. Está por lá há mais de 18 anos. É exemplo de superação e resiliência. Para ela o segredo do trabalho com os pacientes é acolhimento.

A instituição é referência no atendimento a traumas. Apenas entre janeiro e julho deste ano, 17,9 mil pacientes deram entrada pelo pronto-socorro. Mais de 2,5 mil deles por ocorrências no trânsito e quase 1,5 mil por acidentes com motocicletas. Um fluxo variável, que segue conforme a temperatura de Curitiba, dia do mês e da semana, segundo o médico José Arthur Brasil, coordenador do pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru.

A movimentação segue a toda e qualquer hora. Profissionais circulam entre os corredores, nas rampas, nos postos de enfermagem, nos centros cirúrgicos. Pacientes são levados em macas e cadeiras de roda. Profissionais da limpeza sobem e descem. É um trabalho em equipe, humanizado, que envolve cuidado e compromisso. Ao todo são 1,5 mil colaboradores de diversas áreas.

O Cajuru conta também com a ajuda de voluntários. São 362 pessoas que se revezam em escalas e atividades para levar o bem. Uma delas é a Maria Regina Silva, que há 11 anos doa um pouco do seu tempo para cuidar dos pacientes.

Everson Brenda está há menos tempo, mas os aprendizados são diários.

Há 17 anos Nilza Maria Brenny entrou para coordenar o voluntariado. Todos os interessados passam por entrevista e são treinados. Para este ano ainda há vagas disponíveis em um trabalho chamado de acompanhamento solidário. Para se inscrever basta ligar no telefone 3271-2719.

O Hospital Universitário Cajuru tem 65 anos de história. Foi fundado em 1958, atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além do atendimento a traumas é referência em transplante renal.