O Paraná tem exemplos recentes de intolerância política. No último domingo (4), um estudante ameaçou em rede social, após uma discussão de cunho eleitoral, ir armado, no dia seguinte, à universidade em que cursa Direito, na capital paranaense.
Em Foz do Iguaçu, em julho, um guarda municipal, que era tesoureiro do PT, foi morto a tiros por apoiador de Bolsonaro na própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula.
Para minimizar a possibilidade de casos como esses e tantos outros espalhados pelo País, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin restringiu nesta segunda-feira (5) a aquisição de armas e munições ao cidadão comum. A medida veio após a análise de três ações. Fachin justifica: “o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar” (…) “ o início da campanha eleitoral exaspera o risco de violência política”.
No caso mais recente registrado em Curitiba, em um grupo de Whatsapp, alunos relataram que o jovem teria se exaltado e prometeu ir armado até o campus do Ecoville da Universidade Positivo.
Na segunda-feira, após alertas feitos por meio de grupos de mensagens, muitos alunos não compareceram às aulas. Naquela manhã, a Polícia Militar esteve no local, ouviu o rapaz, revistou o veículo do aluno e não encontro arma.
Em nota, a UP afirmou que assim que teve conhecimento do ocorrido acionou as autoridades competentes e prestou auxílio a todos os envolvidos, com o objetivo de preservar a comunidade acadêmica. As aulas não foram suspensas.
O advogado de defesa do estudante informou, também por meio de nota, que “o envolvido não é uma pessoa violenta, não tem histórico criminal e não possui qualquer arma de fogo”. Além disso, afirmou que “os debates ocorridos foram contextualizados de forma imparcial, com conotação unilateral, sem possibilidade contraditório ao envolvido”.