A pandemia de maneira geral afetou o aprendizado das crianças. Segundo o Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância), crianças perderam habilidades básicas de aritmética e alfabetização. E a situação é mais crítica na faixa etária dos 6 aos 10 anos. Esse grupo foi um dos mais afetados durante a pandemia da Covid-19.

Agora, a flexibilização total do uso de máscaras para crianças até 12 anos, publicada no decreto do Governo do Estado, pode facilitar o processo de aprendizado, como explica o especialista em Educação, Renato Casagrande.

Há quase dois meses, milhares de estudantes retornaram às aulas presenciais em todo o país, após dois anos no sistema híbrido, com parte dos alunos em sala de aula e parte assistindo pela Internet. De acordo com especialistas, foi um longo período de mudanças e adaptações que, a partir de agora, exigirá do cérebro dos estudantes uma motivação ainda maior para retomar os níveis de desenvolvimento alcançados antes da pandemia.

A neuropsicopedagoga e diretora do Supera Ginástica para o Cérebro, Andréia Valério, comentou sobre as dificuldades de aprendizado apresentadas pelas crianças e a preocupação dos pais.

Situação vivida por Jeyza Rafaelle Carvalho, mãe de um menino de 10 a anos e de uma menina de 12 anos, ela disse que encontrou resistência por parte do filho para retornar às aulas presenciais.

Entre as orientações da especialista, estão a limitação do tempo de exposição às telas, como celular, TV, computador. Além disso, a neuropsicopedagoga disse que as crianças devem ser incluídas nas conversas da casa, pois a convivência com adultos e com outras crianças facilita o aprendizado das regras sociais que envolvem empatia, flexibilidade, respeito, entre outras habilidades interpessoais.

Andréia Valério também deu algumas dicas para os pais.

Lembrando que a volta ao ensino presencial também aconteceu devido à ampliação da vacinação para crianças de 5 a 12 anos. A imunização dessa faixa etária ofereceu maior segurança no ambiente escolar para que crianças, adolescentes, professores e funcionários de escolas pudessem voltar à rotina de convivência, que também é um fator determinante para o aprendizado.