Com o acidente entre um ônibus biarticulado e um trem na noite de terça-feira (22) em Curitiba, voltou a ser assunto a retirada da linha férrea do perímetro urbano da capital paranaense.

Apenas na cidade, são 37 quilômetros de trilhos que recebem a passagem de trens de carga. O atual contrato de concessão vale até 2027 e é assinado pelo Ministério dos Transportes, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e a Rumo Logística, responsável pela concessão da Malha Sul.


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Sobre o assunto, o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, defendeu o desligamento do Ramal Rio Branco, estrada de ferro da Malha Sul que passa pelo perímetro urbano de Curitiba. Para o secretário, a permanência da linha férrea na região central da capital oferece perigo para a população.

O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), declarou após o acidente que “não descansará” para retirar os trens de carga de Curitiba, com a construção de um contorno ferroviário.

Pimentel comentou que esteve em Brasília para tratar do assunto e, depois do acidente que envolveu um biarticulado e um trem, entrou novamente em contato com o Governo Federal.

Sobre o tema, o Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Meio Ambiente, declarou estar atento à possível construção de um contorno. Para o promotor Sérgio Luiz Cordoni, o local não pode passar por áreas de preservação ambiental, como exemplificou num caso anterior.

AMEP defende solução definitiva

Por meio de nota, a Agência de Assuntos Metropolitanos (AMEP) defendeu uma solução definitiva para a retirada dos trens de carga em Curitiba e Região Metropolitana.

De acordo com Gilson Santos, diretor-presidente da associação não há justificativa para manter a malha ferroviária no perímetro urbano da capital paranaense.

O diretor também alertou para o próximo contrato de concessão. Para Gilson Santos, caso haja a renovação, o Ramal Rio Branco não pode ser incluído.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que instituiu um grupo de trabalho para tratar da reestruturação da Malha Sul, com possibilidade de otimização e modernização da operação ferroviária.

A Rumo Logística informou que continuam as negociações para renovação antecipada do contrato de concessão, que vai até 2027.

Por: Johan Gaissler