O deputado estadual Requião Filho (PT) discutiu com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Marcel Micheletto (PL), durante a votação do projeto de lei que prevê a diminuição da participação do governo do Estado na Companhia Paranaense de Energia (Copel). O caso aconteceu nesta quinta-feira (24).

O texto foi aprovado por 38 votos a 13 e irá para a sanção do governador Ratinho Júnior (PSD). Enquanto manifestantes contrários ao projeto protestavam na parte superior do plenário durante a votação, houve confusão e bate-boca entre o deputado da oposição e o representante do governo.

O petista realizou duras críticas contra os parlamentares da base. Em um determinado momento, ele afirmou que os deputados aliados ao governador agiam como “cachorros”, por seguirem a determinação do Executivo para que o projeto avançasse na Assembleia Legislativa.

Durante a fala em plenário, Requião Filho (PT), relembrou a tentativa de privatização da empresa realizada em 2001, durante o governo Jaime Lerner. Ele criticou a postura dos parlamentares que votaram a favor do projeto apresentado pelo Executivo. Ele considera a iniciativa como privatização.

Após terminar sua fala, o parlamentar precisou ser contido por aliados durante um princípio de confusão com o deputado Marcel Micheletto (PL). Segundo o petista, ele teria reagido após supostamente ter sido ofendido pelo líder do governo na Assembleia Legislativa. A CBN tentou contato com o gabinete do deputado acusado, mas não conseguiu retorno sobre as acusações apresentadas por Requião Filho (PT).

Os microfones da sessão não captaram o que teria sido dito pelo deputado da base de Ratinho Júnior (PSD). O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSD), continuou com o andamento da sessão, mesmo com protestos de pessoas que acompanhavam a votação.

A tramitação foi realizada sob protestos de pessoas contrárias ao projeto que acreditam que o processo de diminuição do estado na Copel pode representar a privatização da empresa. Outras medidas administrativas também foram apresentadas pelo governo e podem começar a valer em 2023, dentre elas o aumento do número de secretarias e cargos comissionados no Estado e a extinção de autarquias.

Por: Bruno de Oliveira