A mesa diretora da Câmara Municipal de Curitiba recebeu três pedidos de cassação do mandato do vereador Renato Freitas, após uma manifestação contra o racismo feita na igreja Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, no Largo da Ordem. A situação foi filmada e começou a repercutir negativamente nas redes sociais.
Vários vereadores declararam solidariedade aos católicos pelo que aconteceu no fim de semana e a maior parte dos parlamentares se manifestou em plenário para criticar Renato Freitas pela invasão à igreja. O entendimento é que a atitude foi uma ameaça à liberdade de culto.
O vereador Pier Petruziello, líder do prefeito na Câmara, foi um dos legisladores que protocolou pedido de cassação. Ele falou que as manifestações contra o racismo são válidas e necessárias, mas condenou a maneira como foi feita, com a invasão de uma igreja.
Pier disse que a partir de agora os pedidos seguem os trâmites normais casa e o Conselho de Ética vai averiguar qual será a punição aplicada ao vereador.
Outro vereador que também apresentou pedido de cassação foi Eder Borges. Ele disse que os vídeos viralizaram nacionalmente e despertaram reações negativas. Diante disso, Eder Borges acredita que o vereador deve ter o mandato cassado.
Conforme o regimento interno da Câmara, o pedido tem até cinco dias para ser analisado pela mesa diretora da casa e então segue para a corregedoria, que tem prazo de 30 dias para remeter ao conselho de ética. Já no conselho o prazo para análise é de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Todos os prazos são contados em dias úteis.
O presidente da Câmara de Curitiba, Tico Kuzma, não quis se manifestar na sessão de hoje. Segundo a assessoria, somente quando a mesa diretora decidir se acata ou não o pedido de cassação, que deve acontecer até sexta-feira, é que o presidente da casa deve fazer uma declaração.
A CBN entrou em contato com o vereador Renato Freitas. O parlamentar disse que vai se manifestar, mas ainda não enviou um posicionamento.