O alerta foi emitido após a confirmação de casos da doença em estados próximos ao Paraná, além de confirmações em outras regiões do país. O vírus do sarampo é altamente contagioso e pode ser transmitido por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou, até mesmo, respirar.
Este ano, já foram registrados casos de sarampo no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e, neste mês de abril, houve confirmações da doença em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Diante dessa situação, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) emitiu alerta para a vacinação em todo o estado.
Em São Paulo, o caso foi confirmado em um homem de 31 anos, morador da capital, que estava com o esquema vacinal completo. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o caso foi registrado no dia 18 de abril, o homem não precisou ser internado e está em fase de recuperação. Além disso, ele não apresentou nenhum sintoma. O local provável da infecção continua sendo investigado.
No Rio Grande do Sul, o caso importado foi confirmado no dia 17 de abril pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS). A infectada foi uma mulher de 50 anos, moradora de Porto Alegre. De acordo com a Secretaria de Saúde do Município, a mulher não possuía comprovação vacinal e havia retornado de uma viagem aos Estados Unidos no final de março. A paciente precisou ficar internada durante quatro dias.
No Paraná, o último caso confirmado de sarampo foi registrado há quase 5 anos, em junho de 2020, após um surto iniciado em agosto de 2019, que registrou 2.081 pessoas infectadas.
O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, destacou que a vacinação deve ser feita em adultos e crianças, que não estão com o esquema vacinal completo. O secretário disse que já solicitou mais doses do imunizante ao Ministério da Saúde.
Com as confirmações em estados próximos, a Sesa passou a intensificar a vacinação, principalmente nos municípios que fazem divisa com São Paulo, como alertou Beto Preto.
Os imunizantes contra o sarampo são a tríplice viral e a tetraviral, ambos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação contra o sarampo será reforçada no Dia D de Multivacinação em 10 de maio, além de ser realizada durante a campanha de vacinação nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.
O esquema vacinal completo prevê duas doses para pessoas até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação ocorre aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses.
Segundo o médico infectologista Moacir Pires Ramos, o sarampo é uma doença viral típica da infância, porém com baixas coberturas vacinais acumuladas, pode se manifestar em jovens e adultos que não tiveram contato nem com a vacina, nem com a doença no passado. Para o infectologista, essa questão do passado é um dos problemas vivenciados atualmente.
Moacir Pires Ramos alertou que o sarampo não é uma doença que atinge somente a pele, pois vai além e atinge as mucosas, diminui a imunidade e pode causar sérias complicações. Por esse motivo, é muito importante manter a vacinação atualizada, para não pegar a doença ou, se a pessoa for infectada pelo vírus, pode ter uma doença com sintomas muito mais leves.
Em caso de suspeita de sarampo, as pessoas devem procurar atendimento médico. Alguns sinais de alerta são febre, conjuntivite e manchas na pele, típicas do sarampo.








