Mais de 160 quilos de cocaína foram apreendidos pela Receita Federal em ações realizadas nessa sexta-feira, no porto de Paranaguá. A droga estava escondida em contêineres refrigerados.

Já são cinco apreensões da droga no porto paranaense em 2022, totalizando 280 kg.

Ao contrário das apreensões anteriores em que a cocaína foi apreendida antes de ser enviada para a Europa, nos dois casos os pacotes de drogas estavam em contêineres que estavam chegando do exterior, tendo a cidade de Antuérpia na Bélgica como porto de origem antes da entrada no território brasileiro.

Na apreensão maior, 146 kg de cocaína foram encontrados entre o fundo do contêiner e o motor de refrigeração, utilizado para manter a qualidade de cargas perecíveis.

O contêiner estava vazio e retornando do exterior quando os servidores da Receita Federal realizaram a inspeção através do uso de scanner e notaram a discrepância nas imagens.

Como a Bélgica não é uma nação produtora de cocaína, a hipótese mais provável é que a droga tenha sido embarcada em algum país da América do Sul e os traficantes não conseguiram retirar a carga ilegal no destino planejado originalmente.

O contêiner teria seguido então pelas rotas marítimas até ser localizado pela Receita Federal.

Nesta apreensão, chamou a atenção o fato de os tabletes de cocaína estarem marcados com a palavra “Covid”. As marcações nos tabletes são utilizadas pelo crime organizado para identificar as facções responsáveis pela remessa da droga.

A segunda apreensão, de 15 kg, foi efetuada após a abertura do motor de um contêiner que também veio da Bélgica, e estava sendo carregado com perus congelados para ser enviado ao México.

A inspeção por scanners é uma das medidas adotadas pela Receita Federal para realizar a verificação das mercadorias de maneira não invasiva, garantido a agilidade no comércio exterior e ao mesmo tempo impedindo a ação de criminosos que buscam enviar e receber ilegalmente mercadorias através das unidades alfandegadas brasileiras.