O reajuste no preço dos remédios tem causado repercussão nas ruas de Curitiba. Desde segunda-feira (1º), o valor dos medicamentos teve reajuste que pode chegar a até 4,5%. O aumento foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e é anual.

O ajuste é o menor desde o aplicado no ano de 2020, mas mesmo assim, causa preocupação nos consumidores. Em Curitiba, não é diferente. A confeiteira Valdete Müller acredita que o novo valor poderá prejudicar o orçamento do mês, já que vai ter que gastar bem mais com remédios.

O órgão que realiza o reajuste une os ministérios da Saúde, Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Fazenda e do Desenvolvimento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também atua no órgão, fornecendo suporte técnico às decisões sobre o reajuste.

No ano de 2023, o aumento registrado foi de 5,6%; em 2022, de 10,89%; e de 10,08%, em 2021. O professor e coordenador do curso de Farmácia da Uninter e doutor em Ciências Farmacêuticas, Vinícius de Oliveira, explica que o aumento deverá ser de maneira gradativa.

Para quem toma remédio contínuo, é preciso estar atento ao reajuste. O professor indicou que os medicamentos adquiridos no balcão, com prescrição médica, serão os mais afetados pelo reajuste que começou a valer.

O reajuste anual dos medicamentos costuma ser divulgado em todo mês de março. O cálculo exige uma série de fatores analisados pelos órgãos do governo, como indica o especialista.

Porém, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) pretende modificar a maneira como esse preço é definido. A ideia é que o aumento anual seja extinto para favorecer a livre concorrência, aponta o professor.

A porcentagem máxima de 4,5% é aplicada para o valor máximo que pode ser colocado em um medicamento. Nenhuma farmácia pode cobrar valores que ultrapassem esse limite definido pelo conselho regulador que determina os reajustes.