O encontro entre o governador e o ministro dos Transportes, Renan Filho, foi realizado com o objetivo de manter o modelo estruturado pelo antigo Ministério da Infraestrutura. A reunião foi acompanhada pelos secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti, e do Planejamento, Guto Silva, além do deputado federal Sandro Alex.

De acordo com Ratinho Junior, as discussões estão avançadas para a liberação do leilão dos primeiros lotes. Além disso, ressaltou que o objetivo tanto do governo federal quanto do estadual é permanecer com o modelo aprovado, que passou por consulta pública, ainda em 2021, por estudos técnicos e discussões na Assembleia Legislativa As consultas resultaram na inclusão de sugestões apresentadas pela população nas audiências públicas realizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O modelo de leilão tem o objetivo de alcançar tarifa mais baixa, maior número de obras e transparência no processo. Segundo o governador, estão previstas grandes obras, preços mais baixos em relação aos praticados anteriormente, além de disputa na Bolsa de Valores com o modelo híbrido, que é a disputa livre de preço e garantia de execução dos investimentos.

Ratinho Junior falou sobre a reunião e também sobre os próximos passos.

Segundo informações do governo do estado, o ministro Renan Filho já tinha sinalizado a intenção de manter o modelo construído pelo antigo Ministério da Infraestrutura, que foi elaborado em conjunto com o governo do estado.

Ao todo, são seis lotes e os dois primeiros já contam com aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres e também do Tribunal de Contas da União (TCU). Restam apenas ajustes formais entre as partes, segundo o Ratinho Junior.

No formato já construído, as concessões devem abranger 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais (35%) e federais (65%). Também estão previstos investimentos de mais de R$ 50 bilhões em obras de duplicação, contornos e viadutos, que devem ser realizadas nos primeiros anos de contrato, que terão validade de 30 anos.

Conforme o modelo apresentado, vence o leilão quem apresentar o maior desconto na tarifa de pedágio estabelecida em edital, com expectativa de redução em relação aos preços praticados no Anel de Integração. A concessionária também precisa realizar um aporte financeiro de valor proporcional ao desconto concedido, chamado de seguro-usuário, para garantir a execução do acordo previsto e evitar a paralisação e judicialização das obras.

O governo do Paraná afirmou que o estado será o único no país a ter um modelo que vai a leilão e não contará com outorga nem limite no desconto da tarifa.