Quatro pessoas foram ouvidas no segundo dia do julgamento de Erik Busetti, delegado da Polícia Civil acusado de matar a esposa e a enteada a tiros em Curitiba, em 2020. Duas vizinhas do casal foram interrogadas, além de um policial militar que atendeu a ocorrência e um policial civil que trabalhou com o acusado.

Claudio Dalledone, advogado de defesa do delegado comentou detalhes sobre o depoimento do policial militar.

A assistente de acusação, Louise Mattar Assad, afirmou que o julgamento deve seguir até quinta-feira, diferente da previsão anterior.

No primeiro dia, três testemunhas de acusação foram ouvidas. O acusado responde por duplo feminicídio, por motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e crime cometido na presença de ascendente.

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O assassinato foi filmado por câmeras de segurança instaladas dentro do imóvel. O delegado agrediu a enteada, de 16 anos, e, na sequência, disparou sete tiros contra a esposa, Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e seis contra a jovem.

Uma filha do casal, de 9 anos, estava no imóvel no momento do crime e teria ouvido os disparos.

Erik Busetti segue preso desde a data do crime. Após os assassinatos, ele deixou a filha com vizinhos e se entregou à polícia. Para militares, ele disse que matou a esposa e a enteada, mas ficou em silêncio no interrogatório.

O julgamento era para ter acontecido em abril, mas foi adiado a pedido da defesa. O júri popular conta com sete jurados (cinco homens e duas mulheres) que irão avaliar se o acusado é ou não culpado pelos assassinatos e quais as qualificadoras do crime.