Era noite do dia 11 de setembro quando guardas municipais foram acionados para separar uma confusão que acontecia no Largo da Ordem, em Curitiba. Em meio a pandemia e restrições, a aglomeração das pessoas era proibida naquele momento.

Durante a confusão, um jovem, de 22 anos, foi baleado nas costas. Ele foi identificado como Mateus Silva Noga e foi socorrido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O tiro que matou o jovem teria partido da arma de um dos guardas municipais que atendiam a ocorrência naquela noite.

No entanto, no registro do Boletim de Ocorrência, o guarda municipal disse que durante a confusão mudou a munição da arma para uma “não letal”.

Na ocasião a Corregedoria da Guarda Municipal informou que o guarda envolvido foi afastado das funções e que a arma foi recolhida para que fosse feito o confronto balístico, ou seja, saber se o tiro realmente partiu da arma do guarda municipal.

Mas quase três meses depois, o caso continua em aberto e sem solução.

A CBN Curitiba procurou todas as autoridades envolvidas nas investigações, mas nenhuma apresentou uma conclusão.

A Polícia Civil do Paraná enviou uma nota dizendo que o inquérito policial está em andamento e que aguarda a conclusão de laudos complementares para ouvir o guarda municipal.

O caso está na 3ª Delegacia da Polícia Civil, sob responsabilidade da delegada Daniela Antunes.

A Prefeitura de Curitiba informou que o guarda municipal envolvido na situação registrada na noite do dia 11 de setembro, na Rua Trajano Reis, está afastado do trabalho nas ruas desde o dia do ocorrido. O porte de arma do servidor foi suspenso preventivamente, conforme orientação da Corregedoria da Guarda Municipal.

Enquanto aguarda conclusão do procedimento administrativo, que agora tramita no Comitê Técnico de Estágio Probatório (CTEP) da Procuradoria-Geral do Município, o guarda realiza serviços administrativos.

Já a Procuradoria-Geral do Município informou que o processo está na fase de oitivas de testemunhas e, depois disso, deve avaliar possíveis sanções ao servidor envolvido.

A CBN Curitiba aguarda o posicionamento do Ministério Público do Paraná.