No terceiro dia do julgamento do delegado da Polícia Civil Erik Busetti, o segundo informante chamado pela defesa, um médico psiquiatra forense, foi interrogado por mais de três horas. O profissional falou de detalhes do perfil criminal do acusado e afirmou que ele tem sintomas depressivos e ansiosos, mas que, em estudo, foram descartados adoecimentos psicóticos. Foi ouvida também uma perita judicial e o irmão de Erik.

Adriano Bretas, advogado de defesa, falou que a convocação de peritos particulares foi necessária para esclarecer detalhes que o processo não abordou.

Erik é acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a enteada, de 16 anos, dentro da casa da família, no bairro Atuba, em 2020.

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O crime foi filmado por câmeras de segurança dentro do imóvel. O material é usado como prova contra o delegado. Para policiais militares, Erik Busetti confessou os assassinatos, mas ficou em silêncio durante o interrogatório. Ele ainda deve ser ouvido ao longo do julgamento. Há a expectativa de que isso aconteça nesta quinta-feira (04).

O julgamento começou na manhã de segunda-feira (1°) no Tribunal do Juri de Curitiba, no Centro Cívico. A expectativa é de que o júri do acusado de matar a esposa e a enteada a tiros dentro de casa, em 2020, dure até sexta-feira (05).

Sete jurados compõem o conselho de sentença (cinco homens e duas mulheres) e vão definir se o delegado é ou não culpado e por quais qualificadoras ele deve ou não ser condenado, auxiliando a juíza responsável pela sentença.

Segundo Louise Mattar Assad, assistente da acusação, os depoimentos desta quarta-feira (03) ajudaram a comprovar a tese da acusação.