O Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus realizou um protesto contra o uso das canaletas de ônibus por ciclistas na tarde de quarta-feira (18). Trabalhadores bloquearam a Avenida Sete de Setembro com a Rua Lourenço Pinto, em frente à Praça Eufrásio Correia e pediram mais fiscalização contra os ciclistas que circulam dentro das canaletas para ônibus.

O uso dessas áreas para as bicicletas já é proibido, mas não é respeitado por muita gente, o que pode causar acidentes fatais segundo o Sindicato. De acordo com o Boletim Vida no Trânsito, Curitiba registra, em média, 14 mortes de ciclistas todos os anos por acidentes de trânsito.

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O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, explicou que mais ações são necessárias para evitar essas fatalidades.

Uma prática perigosa que é vista com frequência no trânsito de Curitiba são os ciclistas que pegam embalo na rabeira dos ônibus. A prática pode ser fatal no caso de frenagem brusca desses veículos.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a cidade possui mais de 260km de malha cicloviária. No entanto, a estrutura ainda não cobre toda a cidade. Isso acaba obrigando ciclistas a dividirem espaço com veículos.
É o caso de Elton, ciclista que passou pelo protesto e comentou que muitas áreas da cidade não oferecem espaço correto para as bicicletas.

Trabalhadores bloquearam a Avenida Sete de Setembro com a Rua Lourenço Pinto, em frente à Praça Eufrásio Correia. Foto: CBN Curitiba

E quando é preciso dividir a via com veículos, ele percebe que muitos motoristas acabam não respeitando o espaço necessário.

A Superintendência de Trânsito (Setran) se manifestou, por meio de nota, sobre o protesto. Eles destacaram que somente veículos que fazem atendimentos de emergência em saúde e segurança pública podem circular pelas canaletas.

Segundo a nota, “Para inibir condutas perigosas, o município desenvolve ações e campanhas educativas de forma periódica para orientar e sensibilizar ciclistas e pedestres sobre a proibição e o risco de circular nas canaletas exclusivas dos ônibus do transporte coletivo. A fiscalização depende de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”.