Das 54 cadeiras do legislativo paranaense, apenas cinco são ocupadas atualmente por mulheres. Essa diferença não é novidade. Só em 1947, a primeira parlamentar tomava posse na casa de leis do estado.

Rosy de Macedo Pinheiro Lima, escritora e doutora em Direito, foi eleita pela União Democrática Nacional (UDN) e ficou por apenas um mandato. Ao longo dos anos, esse cenário não teve muitas alterações.

A professora e pesquisadora Luciana Panke, líder do grupo de pesquisa Comunicação Eleitoral (CEL) da Universidade Federal do Paraná, confirma que há muito para avançar na representatividade política feminina.

Esse é um dos motivos para a criação de uma Bancada Feminina na Assembleia Legislativa, conforme proposta que avança na Comissão de Constituição e Justiça. Iniciativa que tem o apoio da pesquisadora.

O cientista político Bruno Nichols, também faz uma avaliação positiva do projeto que deve entrar com votação na próxima semana.

A proposta vai garantir a participação das mulheres na composição da Mesa Diretora da Assembleia, além do espaço previsto no regimento interno, destinado aos partidos ou blocos formados. Para Emerson Cervi, doutor em Ciência Política e professor da Universidade Federal do Paraná, será uma conquista.