O programa Saúde em Casa, destinado ao atendimento domiciliar de pacientes terminais, foi criado em 2019 e conta com 18 equipes, que atendem mais de 60 pacientes por mês na rede pública de Saúde de Curitiba.

Os pacientes que contam com esse atendimento especializado são aqueles que têm uma doença grave incurável, que ameaça a vida desse paciente ou que tem algum sintoma não controlado. Esses pacientes são direcionados para as equipes que fazem o acompanhamento individualizado, como explicou o geriatra Clóvis Cechinel, coordenador médico do programa Melhor em Casa.

Segundo o geriatra, o atendimento domiciliar faz diferença, pois os hospitais têm rotinas específicas, em determinados momentos o ambiente hospitalar pode ser, até mesmo, mais barulhento e incômodo, além do risco de contrair uma infecção. Portanto, se o paciente está com os sintomas bem controlados e a família se sente confortável com o cuidado no domicílio, passa a ser o local mais adequado para continuar o acompanhamento médico.

Desde que foi criado o atendimento domiciliar para pacientes terminais, foi observado que o paciente que sai do ambiente hospitalar e vai para casa, acaba tendo a vida prolongada. De acordo com o coordenador do programa, um paciente que está com os sintomas bem controlados, pode dar continuidade ao tratamento em casa.

O serviço também visa a “instrumentalização” de cuidados domiciliares para orientar e auxiliar familiares e cuidadores.

Clóvis Cechinel destacou a importância desse acompanhamento tanto para o paciente quanto para os familiares.

As equipes de cuidados paliativos são formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social e fisioterapeutas. Também há suporte de equipes domiciliares de apoio que contam com nutricionista, fonoaudiólogo, farmacêutico e psicólogo. Ao todo, são 160 profissionais de saúde envolvidos no programa Saúde em Casa.