A primeira usina solar em um aterro sanitário na América Latina foi inaugurada no fim de tarde desta quarta (29), no aterro do Caximba.

O local foi desativado em 2010 e agora conta com cerca 8,600 painéis solares para produção de energia renovável, que deve ser injetada na rede de distribuição da Copel, como explicou a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.

Segundo a prefeitura, a estimativa é de que haja uma economia de 30% sobre o valor da conta dos prédios públicos. A estimativa é de uma economia de R$ 2,65 milhões por ano aos cofres do município. O projeto recebeu investimentos de R$ 28 milhões através de um financiamento internacional.

A pirâmide solar tem capacidade de 4,55 MWp de geração. Na inauguração, o prefeito Rafael Greca destacou que o futuro é o da energia limpa.

Uma das empresas colaboradoras do projeto, a assessora técnica da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Sarah Habersack, explicou que esse tipo de iniciativa deve ser levado para mais municípios.

A implantação da usina acontece em um momento de revitalização da região, com o projeto do Bairro Novo da Caximba, que é apoiado pelo Governo do Estado.

O Instituto Água e Terra (IAT) doou um terreno na Vila 29 de Outubro, uma Área de Proteção Ambiental (APA), para viabilizar a iniciativa. O terreno tem cerca de 800 mil metros quadrados e valor estimado de R$ 240 milhões.

Durante o evento o governador do Paraná, Ratinho Junior, lembrou que o estado está posicionado como uma referência mundial em sustentabilidade.

A Pirâmide Solar do Caximba faz parte do Curitiba Mais Energia, que inclui também outros projetos fotovoltaicos, com a instalação de placas solares nos terminais de ônibus do Boqueirão, Santa Cândida e Pinheiros – os dois primeiros já em obra –, e na Rodoferroviária de Curitiba.