No primeiro dia do julgamento do delegado da Polícia Civil Erik Busetti, a primeira testemunha, uma escrivã da Polícia que emitiu relatórios sobre o caso, foi interrogada por mais de cinco horas. O julgamento começou na manhã desta segunda-feira (1°) no Tribunal do Juri de Curitiba, no Centro Cívico. Outras duas testemunhas da acusação foram ouvidas no fim da tarde e início da noite esta segunda. A previsão é de que o julgamento siga pelo menos até quarta-feira.

Erik é acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a enteada, de 16 anos, dentro da casa da família, no bairro Atuba, em 2020.

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A advogada de defesa, Aline Vasconcelos, comentou a estratégia no primeiro dia do júri.

A Promotora de justiça, Roberta Massa, comentou sobre a tentativa da defesa de desqualificar o feminicídio.

O crime foi gravado por câmeras de segurança internas da residência, instaladas pelos próprios moradores.

As investigações apontaram que Erik disparou sete vezes contra a esposa e seis contra a enteada, além de ter agredido a jovem. O motivo estaria relacionado com um possível término do relacionamento de mais de dez anos. Uma filha do casal, que na época tinha 9 anos, estava dormindo no quarto ao lado e ouviu os disparos. Ela foi levada para a casa de vizinhos pelo delegado, antes que ele se entregasse à polícia.

Erik Busetti está preso desde que foi detido em flagrante no dia do crime. Ele chegou a confessar que cometeu os assassinatos para dois policiais militares que atenderam a ocorrência, conforme a acusação do Ministério Público do Paraná (MPPR), mas permaneceu em silêncio durante o interrogatório na delegacia.