A Prefeitura de Curitiba prevê pouco mais de R$ 11 bilhões em receitas e despesas brutas em 2023, segundo a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhada nesta sexta-feira à Câmara Municipal de Curitiba . O orçamento líquido é de R$ 9,7 bilhões em receitas e despesas.

Os vereadores devem analisar a proposta até o fim do semestre. A LDO é a base para a Lei Orçamentária Anual (LOA) que será votada pela Câmara no encerramento do ano legislativo e definirá o orçamento de 2023.

As estimativas tomam como base a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,30% para o Brasil, um índice de inflação, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), de 4,98%, e uma taxa de juros básica da economia (Selic) em 10,83% ao ano.

Para 2023, as receitas correntes são estimadas em R$ 9,18 bilhões, e de capital, R$ 533,5 milhões. As receitas intraorçamentárias – aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Municipal integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social – devem totalizar R$ 1,32 bilhão. Descontando a receita intraorçamentária, o orçamento líquido é de R$ 9,7 bilhões.

Das receitas correntes, R$ 5,58 bilhões (58% do total) devem vir do município, R$ 1,46 bilhão de transferência da União (15,9%) e R$ 1,31 bilhão de transferências do Estado (13,6%)
Do ponto de vista das despesas, estão previstos gastos correntes (R$ 9,73 bilhões), de capital (R$ 1,212 bilhão) e reserva de contingência (R$ 89,1 milhões).

A LDO 2023 teve a participação da população e foi construída com base nas prioridades elencadas pelos 7.251 participantes da última edição do Fala Curitiba, que indicaram prioridades orçamentárias para 2023, principalmente nas áreas de assistência social, obras públicas, segurança, meio ambiente, saúde e educação.