Uma obra que parece nunca ter fim. As reclamações são constantes e vem de quem mora na região, transita a pé ou de carro no entorno. O que está inacabado gera transtorno, indignação. Falta sinalização, mas precisa sobrar paciência.

Os relatos são do Guilherme, do Sandro, da Joice, mas poderia ser de qualquer uma das milhares de pessoas que passaram pela região do Trevo do Atuba todos os dias. Obra que faz parte do Lote 4.1 da Linha Verde Norte. Um bom trecho de obras paradas, sensação de abandono, filas de carros se formam. O congestionamento já faz parte da rotina.

Nesta terça-feira o vice-prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel garantiu que a finalização das obras na Linha Verde Norte para 2024.

Segundo o vice-prefeito após a rescisão do contrato com o consórcio responsável pelas obras na região, um levantamento está sendo feito para verificar as pendências, depois deve acontecer um novo processo de licitação e assim a continuidade das obras.

Apenas 20% dos trabalhos foram executados até o momento. Esta foi a segunda rescisão de contrato deste lote 4.1, o último da Linha Verde.

As obras no Atuba tiveram início em 2 de dezembro de 2019. O prazo para término dos serviços era de 720 dias. Nesse período, a Secretaria Municipal de Obras Públicas fez mais de 95 notificações e ou intimações ao consórcio, entre elas em decorrência de atrasos.

Marcus Ganter, engenheiro, especialista em políticas públicas, que inclusive é morador da região, afirma que é muito difícil que a Prefeitura de Curitiba consiga cumprir o prazo de entrega das obras para 2024, justamente por conta do tempo de tramitação das etapas necessárias de estudo e nova licitação.

O especialista observa ainda que há falhas nos processos das antigas licitações.

A Linha Verde Norte tem quatro lotes de obras, dos quais três tinham previsão de entrega para 2021. A conclusão da Linha Verde Norte era estimada para o fim deste ano, completando a ligação desde o Pinheirinho ao Atuba.


Linha Verde começou a ser construída no dia 12 de janeiro de 2007