Um levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontou que em 2023 o Paraná registrou 12 casos de assassinatos de pessoas trans. O número deixou o estado em terceiro lugar no ranking brasileiro, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Toni Reis, diretor executivo do Grupo Dignidade e presidente da Aliança Nacional LGBTI+, esteve em Brasília quando o relatório foi entregue ao governo federal, ele aponta que há diversos fatores que contribuem para que a violência contra pessoas trans aconteça.

O secretário de Justiça do Paraná, Santin Roveda, explica que o reconhecimento dos problemas relacionados a esta minoria e o trabalho para garantir seus direitos podem contribuir para que o estado tenha mais registros de ocorrências, por conta das chamadas subnotificações.

Ainda conforme os dados da Antra, entre 2017 e 2023, o Paraná somou 54 assassinatos de pessoas trans e figura na sétima posição do ranking dos estados.

Foto: Antra Brasil

Para Toni Reis, as políticas públicas precisam ser implantadas como forma de desmarginalizar essa população. Ele ressalta que há sim um trabalho em conjunto com o governo do estado, mas que é preciso combater as medidas que propõe a exclusão do público trans.

Roveda pontuou que dentre as ações buscadas está a criação de um conselho estadual para políticas trans e de minorias. Além da realização de campanhas de conscientização e educação para conter a transfobia.