Embora seja um dos maiores produtores agrícolas do mundo, o Brasil importou quase 84% dos fertilizantes necessários em 2021. Em 2022, o pico das importações aconteceu em fevereiro no Paraná. Com o início do conflito, os portos estaduais seguem recebendo os produtos, mas a instabilidade exige uma estratégia diferenciada para que não falte o insumo nos campos paranaenses.

A Rússia é o principal fornecedor global e respondeu em 2021 por 22% de todas as importações nesta área para o Brasil, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Para driblar as barreiras comerciais e físicas impostas pelo conflito, as negociações têm sido intensas. Ainda assim, os portos do Paraná registraram aumento de 14% na chegada de fertilizantes.

O diretor de operações portuárias no porto de Paranaguá, Luiz Teixeira da Silva Junior, conta que os terminais estão preparados para as mudanças que se fazem necessárias.

Os navios que chegam carregados de adubos fazem reaproveitamento de viagem, saindo dos portos com outros produtos, segundo Luiz Teixeira.

Apesar do conflito na Europa, com interrupção de escoamento dos fertilizantes em alguns portos internacionais, no Paraná, a rotina tem se mantido estável.

Em Paranaguá, principal porto de entrada do fertilizante que chega ao Brasil, os armazéns privados têm trabalhado com a capacidade máxima de 3,5 milhões de toneladas armazenadas.