Por sete votos a zero, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou a cassação de Sergio Moro e manteve o mandato do senador. A decisão foi tomada com apoio do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, depois da mobilização de aliados de Lula e de Jair Bolsonaro pela perda de mandato do ex-juiz da Lava-jato.
Ao julgar os recursos contra a absolvição de Moro no TRE do Paraná, os ministros concluíram que não há provas de abuso de poder econômico; uso indevido dos meios de comunicação e caixa dois na campanha de 2022.

O relator do processo, ministro Floriano Azevedo, destacou que os gastos de Moro na campanha contrariaram o discurso dele como candidato, mas não configuraram crime. Ele foi acompanhado no voto pelos ministros André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Alexandre de Moraes, que deixa o TSE em 3 semanas.

Se fosse condenado, Moro poderia perder o mandato e se tornar inelegível a partir de 2022, o que o impossibilitaria de concorrer a pleitos até 2030. Além disso, seriam realizadas novas eleições para a cadeira do Senado.

As acusações contra Sergio Moro tratavam, principalmente, de temas relacionados aos gastos no período que antecedeu a campanha oficial ao Senado. Os partidos argumentaram que os valores foram desproporcionais porque ele almejava a Presidência da República, gerando desequilíbrio entre os concorrentes.

com informações da Rede CBN