A Justiça, por meio da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, deu início ao processo do policial federal Ronaldo Massuia. No dia 1º de maio de 2022, o agente atirou contra clientes de um posto de combustíveis na capital paranaense. Um homem morreu e outras pessoas ficaram feridas na ocasião. No processo, Massuia virou réu por homicídio qualificado e por sete tentativas de homicídio.

No despacho, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler entende “que estão presentes os indícios de autoria e prova da materialidade, elementos que refletem a justa causa para início da ação penal quanto aos crimes descritos na denúncia”. A magistrada ainda manteve a prisão preventiva dele, que segue no Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Em nota, a defesa da vítima fatal, o fotógrafo André Muniz Fritoli, disse que atuará como assistente do Ministério Público na acusação e vai “trabalhar para que a justiça seja feita no caso”. Durante o depoimento no inquérito policial, a namorada do fotógrafo contou que eles não conheciam o policial federal, não estavam envolvidos na discussão e que Massuia mirou e atirou à queima roupa na cabeça do companheiro que, segundo ela, já estava no chão e não tinha reagido ao ataque.

Nas imagens do circuito de segurança do posto, que fica na Avenida Sete de Setembro, em Curitiba, é possível ver toda a ação do policial federal, que foi preso em flagrante.

À rádio CBN, o advogado de Ronaldo Massuia, Nilton Ribeiro, afirmou que vai buscar provar no processo que o agente federal tem distúrbios psicológicos.

Após o aceite da denúncia, o processo segue com prazo para que a defesa apresente sua tese. Os demais envolvidos também serão citados para se manifestarem em juízo.