O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Guaratuba, no litoral do estado, e Curitiba. O objetivo foi ampliar uma investigação que apura possíveis práticas de abuso de autoridade, fraude processual, peculato e porte ilegal de armas e drogas cometidas por dois policiais militares.

Os mandados foram cumpridos nesta terça-feira (30) em residências dos investigados no litoral, em um apartamento de familiares dos agentes públicos em Curitiba e em locações pessoais dos policiais na Companhia da Polícia Militar de Guaratuba. Durante o cumprimento das ordens judiciais, expedidas pelo Juízo da Vara da Auditoria Militar de Curitiba, dois policiais militares foram presos em flagrante por posse ilegal de armas e munições.

O procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, conta que as investigações tiveram início após uma denúncia.

O cumprimento dos mandados resultou na apreensão de armas e munições, localizadas em “fundos falsos” nas residências, além de R$ 70 mil em dinheiro e um cheque de R$ 205 mil na casa de um dos policiais.

Durante a ação também foram localizadas armas irregulares e drogas, além de balanças, em uma sala utilizada pelos policiais na sede da Companhia da Polícia Militar de Guaratuba. No local também foi encontrada uma chave de veículo, mantido há tempos no pátio da Companhia, no qual foram localizadas armas e munições irregulares, bem como quantidade expressiva de drogas (quase um 1 kg de maconha e cerca de 870 gramas de cocaína).

Segundo Batisti, essas apreensões basearam as prisões dos policiais durante a operação.

A Corregedoria da Polícia Militar instaurou Inquérito Policial Militar para apurar os fatos relacionados à Companhia da Polícia Militar de Guaratuba, de acordo com informações divulgadas pelo Gaeco.