A delegacia de Furtos e Roubos, da Polícia Civil, comanda a investigação do caso de uma idosa, de 65 anos, encontrada morta em uma mansão, no Centro de Curitiba, na noite deste domingo (28). O corpo da vítima não tinha sinais de agressão, de acordo com os policiais que atenderam a ocorrência. Segundo a Polícia Civil, o corpo da idosa foi encontrado por um dos filhos.

Conforme exames preliminares, a mulher não morreu no dia que a polícia foi acionada, no domingo. A probabilidade é que a morte tenha ocorrido dois ou três dias antes.

A polícia informou que havia sinais de arrombamento no portão da casa e o local estava com diversos objetos espalhados.

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Magalhães, falou sobre o andamento da investigação e disse que há duas hipóteses. Uma é o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, já que foram levados dois cofres da casa. A outra possibilidade é que tenha ocorrido um furto posterior à morte natural da idosa. Essa hipótese surgiu em razão da perícia preliminar não ter identificado nenhuma lesão aparente na vítima.

Até o momento, a investigação indica que os criminosos tiveram bastante tempo para vasculhar diversos cômodos da casa, que tem cerca de 1.000 m².

A residência fica em uma área movimentada da cidade, próximo à reitoria e ao Museu do Expedicionário. No entanto, nessa região central da cidade, ocorrem muitos furtos e arrombamentos em comércio e residências, como destacou o delegado.

 

A Polícia Civil informou que não descarta nenhuma linha de investigação, mas acha pouco provável que o crime tenha sido premeditado. Em contato prévio com os familiares, eles relataram que não havia objetos de valor na casa e mesmo o que foi levado, não representava um valor significativo. Inclusive, os parentes relataram que o cofre levado estava vazio.

Um familiar contou aos investigadores que apenas duas pessoas moravam na casa, a vítima e uma irmã que é deficiente. A idosa, de origem Síria, morava no Brasil há 40 anos e ficou viúva há cerca de três anos.

A polícia pretende pegar o depoimento da única testemunha que estava na casa.

Os investigadores procuram câmeras em residências, comércios e edifícios da região para identificar os criminosos, pois o circuito de segurança da casa não estava funcionando.

A polícia ainda analisa a cena do crime para descobrir tudo que foi levado da casa e aguarda laudos complementares que apontarão a causa e a data da morte.