Seis pessoas foram indiciadas após o término das investigações da Operação Poyais, que apura a prática de crimes contra economia popular, sistema financeiro, além de estelionato e lavagem internacional de dinheiro.

A estimativa é que os danos provocados pela organização criminosa fiquem entre 580 milhões de reais a até um bilhão, cento e cinquenta milhões de reais.

O principal investigado e líder da organização criminosa, conhecido como “Sheik dos Bitcoins” foi indiciado pelos crimes de constituição de organização criminosa, estelionato, obtenção de ganhos ilícitos em detrimento de número indeterminado de pessoas mediante processos fraudulentos, lavagem internacional de dinheiro e oferecimento de valores mobiliários sem registro prévio junto à autoridade competente.

A Polícia Federal entendeu que existiu uma organização criminosa com atuação nacional e internacional que, de forma estruturada e com divisão de tarefas, promoveu a prática de fraudes no Brasil e no exterior mediante diversas plataformas virtuais e empresas relacionadas a criptoativos e marketing multinível.

Na investigação, a Polícia Fedral concluiu que havia a captação de recursos com oferecimento de pagamentos de rendimentos superiores ao usualmente encontrados no mercado.

Segundo divulgado pelos criminosos, os valores investidos seriam rentabilizados mediante atividades de trading com criptomoedas. A investigação, segundo a PF, mostrou que nunca houve rentabilização dos recursos das vítimas.

Quando os valores ingressavam nas contas e carteiras de criptoativos do grupo criminoso, eles utilizavam um pequeno percentual dos recursos para pagamento mensal das vítimas e gastavam o restante conforme seus interesses particulares.

O processo investigativo foi encerrado pela Polícia Federal e encaminhado ao Ministério Público Federal, ao qual compete agora análise das provas produzidas e o eventual oferecimento de denúncia.

Com informações da assessoria