A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (21) uma operação com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes envolvendo criptomoedas no Paraná. Especialista dá dicas para não cair nesse tipo de situação.

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e temporária e três de busca e apreensão nas cidades de Medianeira e Missal, no Oeste do Paraná, todos expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba/PR.

As investigações da Polícia Federal apuraram que em 2019 o investigado e sua companheira, alvos das prisões decretadas pela Justiça Federal, constituíram uma empresa em Curitiba/PR e passaram a oferecer ao público, por meio de um portal na internet, serviços com negociações de criptomoedas que prometiam remunerações diárias e mensais muito acima das praticadas pelo mercado.

Segundo informações colhidas durante a investigação da PF, os clientes da empresa acreditavam que, ao contratar os serviços do grupo criminoso, robôs automatizados passariam a ser responsáveis pelo trade diário de criptoativos, aos quais cabia operar com os valores investidos e seus rendimentos pelo prazo contratado.

Após esse prazo, os clientes deveriam renovar o serviço ou encerrar a relação e requerer o saque do valor investido e dos ganhos. As informações apresentadas pelos investigados na plataforma eletrônica mostravam lucros exorbitantes aos clientes, motivos pelos quais era comum que houvesse a renovação dos serviços. Quando os clientes pediam o saque, os criminosos criavam desculpas.

De acordo com Felipe Américo Moraes, especialista em Direito Penal Econômico e Empresarial, o primeiro passo para evitar cair em golpes desse tipo é desconfiar de promessas de grandes rendimentos e buscar orientações.

Caso realmente cai no golpe é importante buscar a justiça o quanto antes.

No caso específico da operação iniciada pela Polícia Federal, estima-se que, por intermédio do golpe aplicado, os investigados tenham se apropriado ilicitamente de mais de 6 milhões de reais e lesado mais de 3 mil vítimas em território nacional.