As oito vítimas que morreram na explosão de um silo em Palotina, no interior do Paraná, foram identificadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). De acordo com a corporação, sete delas são de nacionalidade haitiana e um é brasileiro. A identificação foi feita a partir da coleta e confronto de impressões digitais. As vítimas tinham idades entre 27 e 54 anos.
O Corpo de Bombeiros seguem com as buscas à última pessoa desaparecida. Os trabalhadores foram velados no ginásio de esportes de Palotina.
A C.Vale foi um das empresas que participou de políticas para a contratação e interiorização dos migrantes e refugiados no Paraná. O estado está entre os que mais promoveram vistos de permanência para estrangeiros.
Na última década, recebeu 100 mil imigrantes, entre venezuelanos, afegãos, ucranianos, haitianos e senegaleses. O Paraná tem um Centro de Informação que fornece acesso aos direitos e programas governamentais dos migrantes e um Conselho Estadual de Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná.
No primeiro semestre foram mais de três mil atendimentos a estrangeiros no Paraná, onde o principal serviço oferecido tem sido o encaminhamento para vagas de empregos. O estado aumentou seis vezes o número de estrangeiros empregados nos últimos 10 anos. Em 2011, o Paraná era responsável por 6,7% de migrantes empregados no Brasil, em 2021 esse número saltou para 14,7%.
Confira abaixo as vítimas identificadas:
Saulo da Rocha Batista- 54 anos (brasileiro)
Reginald Gefrard- 30 anos (haitiano)
Jean Ronald Calix- 27 anos (haitiano)
Michelete Louis- 41 anos (haitiano)
Jean Michele Joseph- 29 anos (haitiano)
Eugênio Metelus- 53 anos (haitiano)
Donald St Cyr- 27 anos (haitiano)
Alfred Lesperance- 44 anos (haitiano)