A Polícia Civil do Paraná continuará com parte de seus serviços paralisados até segunda-feira (3). A informação foi divulgada pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do estado (Sinclapol) e reivindica alterações no plano de reestruturação de carreiras apresentado pelo Governo do Estado na Assembleia Legislativa nesta semana.

O sindicato não concorda com o plano de desenvolvimento de carreira apresentado e também com o reajuste proposto de 5,79%. A paralisação teve início na quarta-feira (28) e um dos serviços afetados é o do Instituto de Identificação do Paraná, em Curitiba. Outros serviços considerados não essenciais também estão paralisados.

Caso as condições do plano de carreiras não sejam aperfeiçoadas, a categoria ameaça tomar medidas mais drásticas. O sindicato não apontou quais seriam essas medidas. Atuações para casos graves, como flagrantes, homicídios e estupros são mantidas.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que nenhum serviço emergencial foi afetado e que a população pode continuar procurando os serviços por canais físicos ou digitais. A corporação informou ainda que a adesão da paralisação foi baixa.

No Instituto de Identificação, a Polícia Civil informou que a população não terá prejuízos quanto aos agendamentos marcados. Porém, as datas foram remanejadas. Atendimentos de sexta-feira (30) passaram para 11 de julho e os de segunda-feira (2) para 12 de julho.

No interior e litoral, os atendimentos de sexta-feira (30) ficaram para 10 de julho e de segunda-feira (2) para 11 de julho. A polícia disse ainda que casos urgentes serão atendidos por meio de comprovação, enquanto a paralisação acontece.

O governo do Paraná apresentou ao sindicato uma nova tabela salarial e a previsão é de que o topo da carreira terá um salário aumentado de R$ 11 mil para R$ 22 mil em 2026. O aumento dos trabalhadores do meio da carreira até o final irá variar de 32% a 81%.

O aumento, desde 2022, foi de 9% para a categoria e o governo disse que, no sistema antigo, menos de 5% dos servidores conseguiriam chegar ao topo da carreira, e que a nova proposta deverá abranger promoções para todos os policiais que atuam na corporação.

Em outro ponto polêmico, a gestão estadual explicou os motivos da fusão dos cargos de investigador e escrivão para agente de polícia judiciária. A ideia, para a corporação, é de que a mudança é administrativa e não acarretará sobrecarga de trabalho.