As quatro pessoas foram indiciadas por homicídio doloso pela morte de um jovem, de 22 anos, ocorrida no dia 19 de junho, em uma das lojas de uma rede de supermercados localizada no bairro Portão, em Curitiba. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), no último sábado, dia 28 de junho, após a conclusão do inquérito policial.

SAIBA MAIS

• Furto em mercado de Curitiba, que terminou em morte, é investigado pela Polícia Civil do Paraná

Entre os quatro indiciados estão dois funcionários da loja, um funcionário terceirizado de uma empresa de segurança e um motoboy, de acordo com a Polícia Civil. Os suspeitos responderão pelo crime de homicídio triplamente qualificado, que inclui motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A gravidade das qualificadoras pode resultar em penas significativas para os acusados, caso sejam condenados.

Investigação

Segundo as investigações, o rapaz foi perseguido após furtar chocolate e chicletes. Em seguida, foi alcançado e imobilizado pelos quatro agressores. O relatório indicou que o jovem foi estrangulado e sofreu agressões físicas que resultaram em sua morte. Além disso, após as agressões, o corpo foi abandonado em via pública, próximo ao mercado.

O inquérito apontou que, em nenhum momento, os agressores acionaram socorro médico ou comunicaram as autoridades sobre a situação. Essa atitude, segundo a apuração, demonstrou indiferença à vida da vítima e reforçou o dolo, ou seja, a intenção de produzir o resultado fatal.

Durante o feriado em que ocorreu o crime, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu três suspeitos, mas um deles foi liberado na audiência de custódia. Portanto, apenas duas pessoas permanecem presas preventivamente. Até o momento, o quarto suspeito ainda não foi localizado pela polícia.

Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Paraná, que decide se oferece denúncia ou arquiva o caso.

Nota da família da vítima

Por meio de nota, a família da vítima considerou acertado o indiciamento dos responsáveis pelo homicídio e espera que o Ministério Público acompanhe o entendimento da autoridade policial. A família reforçou a importância da continuidade das investigações para que sejam apuradas todas as circunstâncias do crime, incluindo a possível participação de outras pessoas, seja de forma direta ou por omissão.

Por fim, a família informou que acompanha ativamente as investigações, com o compromisso de buscar justiça e garantir que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados.

Nota do Muffato

A empresa informa que prestou todas as informações solicitadas pelas autoridades, colaborou com o inquérito policial encerrado e permanece à disposição da Justiça e da família da vítima. Além disso, lamentou profundamente o ocorrido e os excessos verificados.