A Polícia Civil ouviu testemunhas na investigação que procura saber o que aconteceu com Franciele Rigone, encontrada morta no próprio carro, na cidade de Colombo, na região metropolitana de Curitiba no começo do mês de junho. O delegado que cuida do caso, Herculano Abreu, disse que uma das testemunhas afirmou ter sido convencida a fazer uma aplicação de R$ 5 mil para o marido da vítima, preso por suspeita de cometer o crime.

A defesa do marido, Adair José Lago, diz que ele é inocente. O depósito bancário foi feito na conta da esposa, quando ela já estava morta. O homem afirmou que a negociação aconteceu no dia do velório da vítima, e a movimentação bancária chamou a atenção. A polícia suspeita que Adair recebeu dinheiro de investidores para realizar aplicações, como em criptomoedas, esquema de pirâmide e apostas em jogos.

 

 

As testemunhas disseram ter realizado depósitos por banco em valores que variam de R$ 5 mil a R$ 70 mil e entregaram planilhas para os investigadores. Ao todo, 37 pessoas afirmam que foram vítimas de Adair nos investimentos. Além disso, a Polícia Civil afirma que Adair era beneficiário de seguros de vida da esposa que somavam cerca de R$ 1,5 milhão. O delegado pediu, na Justiça, informações que possam esclarecer as movimentações bancárias do seguro.

O caso envolvendo os investimentos é apurado de maneira paralela ao assassinato de Franciele. A expectativa é que os laudos da perícia fiquem prontos até a semana que vem e a investigação deve ser concluída até o final de junho. O delegado que cuida do caso explicou os procedimentos que estão sendo realizados para tentar apurar o crime.

Por outro lado, a defesa de Adair disse que solicitou a coleta de DNA no veículo onde Franciele foi encontrada para saber se havia outras pessoas no local onde o crime aconteceu. O advogado de Adair, Jefferson Nascimento da Silva, falou sobre as ações que a defesa tem tomado no caso.

O advogado de defesa de Adair disse, ainda, que as pessoas participavam dos investimentos por vontade própria e que estavam a par dos riscos que corriam.