Durante uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (24), o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, voltou a falar que tem como meta para o clube a conquista do título mundial até 2024, ano em que o rubro-negro vai completar 100 anos, e revelou outra ambição, esta sobre a formação de atletas: “Eu disse que em dez anos pós-Copa do Mundo (disputada no Brasil) nós seríamos campeões do mundo. Ainda não venceu o prazo. E agora, além de sermos campeões do mundo, nós queremos ser o maior clube formador de atletas de alta performance do mundo”, declarou o dirigente ao apresentar três novos contratados: Alexandre Mattos, diretor-executivo de negócios de futebol e de relações nacionais e internacionais; Carlinhos Neves, curitibano que foi preparador físico da seleção brasileira e que volta ao clube pelo qual foi bicampeão paranaense há quatro décadas (1982/1983) para ser coordenador do núcleo de saúde e performance; e Fernando Yamada, coordenador das categorias de formação.

“Nós criamos uma área de negócios porque vamos formar mais, vamos ter relacionamento com grandes parceiros, de preferência na América do Sul toda. Depois, pensamos em dar um passo para a África e para diversos países pelo mundo”, disse Petraglia sobre o foco internacional de Alexandre Mattos, diretor-executivo que comemorou sendo dois títulos com o Cruzeiro (2013/2014) e um com o Palmeiras (2016). Mattos, por sua vez, elogiou o presidente atleticano: “Fui premiado por estar em um clube moderno, inovador, que tem como cabeça principal um visionário”.

Carlinhos Neves não parou de acumular títulos depois que saiu do Athletico em 1983. A lista é extensa: paranaense (Pinheiros, 1984 e 1987; Paraná 1991, 1995/1996); gaúcho (Grêmio, 1988), paulista (São Paulo, 2000 e 2005), mineiro (Atlético, 2012), brasileiro (Palmeiras, 1993/1994), da Copa do Brasil (Atlético Mineiro, 2014), da Libertadores da América (São Paulo, 2005, e Atlético Mineiro, 2013) e mundial (São Paulo 2005). Com a seleção brasileira, o preparador físico participou da campanha que valeu para a Seleção Brasileira, do técnico Mano Menezes, a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Sobre a função de coordenador de saúde e performance, Carlinhos afirmou que não se trata de uma novidade para ele: “Já fiz isso no São Paulo e no Atlético, não de forma institucional. Eu saía da preparação física e fazia essa interligação de diferentes áreas, ligadas à performance e ao alto desempenho”.

Já o novo coordenador da base rubro-negra, Fernando Yamada, desempenhou a mesma função no Corinthians entre 2017 e maio do ano passado. “O ideal é sempre trazer o jogador o quanto antes, para ele crescer dentro da sua cultura, da sua metodologia. E, obviamente, você vai blindar o clube no que se refere aos direitos econômicos”, destacou Yamada, se referindo aos casos em que um clube forma o jogador, mas perde o atleta para outra agremiação por falhas contratuais ou falta de registro.

Na foto, da esquerda para a direita: Alexandre Mattos, Mario Celso Petraglia, Carlinhos Neves e Fernando Yamada.