Se nos países desenvolvidos, chamados de primeiro mundo, o etarismo já é combatido a muito tempo, aqui no Brasil as políticas públicas neste sentido ainda estão começando. Em Curitiba, por exemplo, um projeto de lei quer fazer uma alteração simples, mas que faz toda a diferença para quem já ultrapassou os 60 anos e não sente que está “velho demais” ou sem disposição e saúde.
O texto que tramita nas comissões da Câmara dos Vereadores da capital paranaense, de autoria do vereador Marcos Vieira (PDT), defende que as atuais figuras representativas dos idosos estão ultrapassadas, como explica o político.
Curitiba possui, segundo a Fundação de Ação Social (FAS), um crescimento mais acelerado da população com mais de 60 anos do que a média do Brasil. Em 2021, 16,93% dos curitibanos eram sexagenários ou com mais idade, enquanto a porcentagem nacional das pessoas nesta faixa etária alcançava 14,69%. Para 2030, a projeção é que 21,90% dos curitibanos tenham 60 anos ou mais, enquanto o percentual nacional deve alcançar 18,73%.
Edison Carlos Dalcol, oficial da reserva da aeronáutica tem 68 anos, tem uma vida ativa, pratica exercícios físicos regularmente e é enfático ao dizer que o símbolo atual não o representa.
Já para Luz Maria Romero, de 62 anos, o símbolo leva as pessoas a julgarem quem não está dentro daquele estereótipo, que é o caso dela, e transforma situações como usar o direito de preferência em filas de banco em algo constrangedor.
Protocolado no dia 8 de maio, o projeto passa pela Procuradoria Jurídica (Projuris) da Câmara Municipal de Curitiba e depois vai para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Só após esse processo é que deve entrar em votação no plenário.