Curitibanos preferem imóveis antigos na hora de comprar a casa própria. Nos últimos 12 meses, 46% das vendas de imóveis usados na cidade foram de construções com mais de 16 anos. Imóveis na faixa de 11 a 15 anos responderam por 13,3% das aquisições, enquanto 19,9% dos compradores preferiram imóveis com idades entre 6 e 10 anos.

Já construções com até 5 anos foram a escolha de 20,8% dos novos proprietários. Os dados são do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR.

O Centro foi o bairro mais procurado para a compra de imóveis residenciais usados em maio de 2022, respondendo por 9% do volume de negociações realizadas no período. Em seguida, vieram CIC (7%), Sítio Cercado (4,1%) e Uberaba (4,1%).

Ilso Gonçalves, diretor do Secovi-PR, comenta que a pandemia de Covid-19 foi um dos motivos para a virada na chave. Quem busca hoje um apartamento, por exemplo, quer mais espaço privativo.

Outro ponto favorável é o valor dos imóveis.

A comercialização de imóveis antigos também foi beneficiada pela nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Curitiba, que prevê a priorização do uso habitacional na Zona Central da cidade como estímulo à revitalização do centro tradicional, com estímulos à requalificação de prédios antigos.

Em maio deste ano, os imóveis residenciais usados que tiveram maior nível de comercialização foram os apartamentos, que responderam por 52% dos negócios realizados, sendo eles: dois dormitórios (27,5%), três dormitórios (24,5%) e um dormitório (10,6%).