O resultado da Sondagem Industrial feita pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) foi divulgado nesta terça-feira (20). A 28ª edição da pesquisa avaliou as expectativas do setor para este ano. Segundo a Fiep, o estudo é uma ferramenta importante para conhecer as intenções, as dificuldades e os desafios enfrentados pelos empresários paranaenses e assim adotar medidas que estejam de acordo com as prioridades apontadas no levantamento.

A maior parte dos industriais, 47%, demostrou otimismo ou muito otimismo e 41% expressaram expectativa neutra em relação ao desempenho da indústria para 2024. Esse resultado reflete principalmente as perspectivas de crescimento das vendas, que giram em torno de 57%; a possibilidade de entrada em novos mercados, com 55%; e o aumento da produtividade e competitividade que ficou em 48%. Além disso, 90% dos industriais do estado pretendem realizar novos investimentos este ano.

Apenas 12% dos empresários demonstraram pessimismo ou muito pessimismo. Segundo eles, 80% dessa perspectiva negativa está baseada nas previsões de redução nas vendas das empresas e 74% na dificuldade com os custos totais de produção. Infraestrutura logística, questões energéticas, impossibilidade de expansão para novos mercados e dificuldades de encontrar mão de obra também geram preocupação para alguns gestores industriais.

O presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, falou da expansão industrial no interior do Paraná, nos últimos 25 anos, e destacou que a indústria alimentícia engloba 40% da capacidade fabril. Edson Vasconcelos também comentou sobre os principais obstáculos apontados pelos empresários e como isso interfere na escolha do Paraná para a instalação de novas empresas.

Edson Vasconcelos pontuou as quatro maiores preocupações elencadas na pesquisa pelos empresários, especialmente sobre a corrupção.

O economista Marcelo Percicotti, gerente de Desenvolvimento Industrial da Fiep, falou sobre os pontos negativos e positivos apontados pelos empresários na pesquisa.

Conforme a Fiep, os resultados mostraram que, apesar de algumas incertezas que ainda pairam sobre o desempenho econômico do país, a indústria paranaense segue com boas perspectivas para 2024.