O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, serve de parâmetro para o aumento ou a redução de preços. Mas ultimamente, a escalada segue apenas para cima, como mostra o último levantamento feito em novembro.Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (2,89%) e o maior impacto (0,61 p.p.) vieram dos Transportes. Em seguida, vieram Habitação (1,06%) e Saúde e cuidados pessoais (0,80%), com impactos de 0,17 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. Juntos, os três grupos contribuíram com 0,88 p.p. no IPCA-15 de novembro, o equivalente a cerca de 75% do índice do mês. Vestuário (1,59%) teve a segunda maior variação no mês e o grupo Alimentação e bebidas (0,40%) desacelerou em relação a outubro (1,38%). Os demais grupos ficaram entre o 0,01% de Educação e o 1,53% de Artigos de residência.

As vendas do comércio acumulam alta de 13,56% no período de janeiro a agosto segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná. O coordenador da Fecomércio Paraná, Ricardo Schmidt, explica o que foi avaliado nesse levantamento.

Segundo ele, alguns setores tiveram uma recuperação maior, como por exemplo, o da construção, que teve aumento de 22,27%. Os calçados chegaram a 21,79% e o setor de autopeças 21,46%, indicando que as pessoas priorizaram o conserto e não a compra de carros novos. O que preocupa é a inflação, que segue em escalada para cima, como não acontecia desde o início do Plano Real, segundo Ricardo Schmidt.

A pesquisa da Fecomércio Paraná traz ainda as livrarias e papelarias no vermelho, com redução de 1,17%, por conta das aulas online que predominaram durante a pandemia.