O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, afirmou que a perspectiva da alíquota de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos já causa sérios prejuízos à economia paranaense. A afirmação foi dada à CBN Curitiba nesta segunda-feira (28). O secretário reforçou a necessidade de uma negociação rápida do governo federal com os americanos.
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O Paraná vende, em média, US$ 1,5 bilhão por ano em produtos aos Estados Unidos. Neste ano, até junho, foram US$ 735 milhões. Os principais produtos são madeira e derivados (MDF, esquadrias e portas, por exemplo), mas nos últimos quatro anos mais de 90 grupos de produtos paranaenses alcançaram o mercado norte-americano, como máquinas, combustíveis minerais, plástico, alumínio, açúcar, café, adubos, borracha, produtos farmacêuticos, móveis, peixes e óleos vegetais.
Medidas anunciadas pelo governo do Paraná
Dentro da expectativa da confirmação da alíquota, a partir de 1º de agosto, o governo do Paraná já anunciou que empresas afetadas pelo tarifaço com crédito de ICMS na receita estadual poderão utilizá-lo parcialmente para monetização, giro ou como garantia na tomada de recursos. Outra ferramenta disponibilizada será a flexibilização de prazos de investimento das empresas enquadradas no programa Paraná Competitivo para que não fiquem sem fôlego.
Também serão implementadas medidas de oferta de crédito com a Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Empresas atingidas pelo desequilíbrio nas vendas poderão solicitar adiamento de pagamento de parcelas de empréstimos já tomados dentro das regras estabelecidas pelo Banco Central.
Outras medidas envolvem a disponibilidade de oferta de recursos no BRDE e na Fomento Paraná para alavancar recursos imediatos para as empresas. A disponibilidade deve ultrapassar R$ 400 milhões dentro das duas instituições financeiras. O Governo do Paraná também estuda aporte de capital no Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para oferecer mais recursos no mercado com juros baixos para empresários dos setores mais atingidos.
* Com informações da AEN








