O Paraná teve 135 mil casos e 108 mortes no período epidemiológico 2022/2023 que começou em 31 de julho do ano passado e terminou nesta semana.

Neste período, a dengue foi registrada em 367 municípios, o que corresponde a 91,9% do Estado, em todas as 22 Regionais de Saúde, com 341.015 notificações.

De todos os municípios que tiveram registro de casos, Londrina (34.815) e Ibiporã (5.199), ambos da região Norte, Foz do Iguaçu (13.374), no Oeste, e Paranaguá (4.246), no Litoral, foram os locais com maior número de casos confirmados da doença. Em relação às mortes registradas, Londrina e Foz do Iguaçu lideram a lista, com 29 e 22 mortes, respectivamente.

De acordo com o governo do estado, o período mais crítico foi entre os dias 9 a 15 de abril. Em apenas sete dias, o número de casos confirmados chegou a 13.500.

Houve a contratação de 50 leitos clínicos no Hospital Cataratas, em Foz do Iguaçu, para pacientes com dengue e a antecipação do pagamento do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância de Saúde (Provigia), num valor de R$ 9 milhões, a todos os municípios.

O próximo período sazonal começou em 30 de julho 2023 e vai até 27 de julho de 2024. Serão realizadas oficinas de trabalho para elaboração dos planos de contingência municipais nas regionais que apresentaram condição epidemiológica mais crítica no período de 2022/2023.

Histórico

A Secretaria de Saúde do Paraná monitora os dados da dengue desde 1991. O primeiro boletim apresentou 161 notificações, sendo 16 casos confirmados de pacientes infectados fora do Paraná. O primeiro informe não teve registro de óbitos.

Em relação aos casos de chikungunya, o Estado registrou 3.597 notificações, 900 casos confirmados e três mortes. Houve o registro de 747 casos autóctones e destes, 568 (76%) de pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu.

No início de fevereiro, o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), emitiu um alerta para a doença após um surto no Paraguai.