Pelo menos 110 mil paranaenses apresentam altas habilidades ou superdotação. O dado é da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Paraná. No Brasil, a estimativa é de que entre 1% a 3% da população esteja dentro desse público.

Na terça-feira, dia 21, a Assembleia Legislativa faz uma audiência pública para buscar encaminhamentos para melhorar um projeto de lei de 2021 que trata do tema e tem foco na rede de ensino pública e privada no Paraná.

O projeto foi aprovado na Comissão de Educação da casa e deve ir a plenário nas próximas semanas. Segundo a psicóloga e professora do curso de psicologia da PUC, Elizabeth Carvalho da Veiga, quando se trata de altas habilidades ou superdotação, o primeiro passo é saber fazer a identificação.

A professora considera que também é preciso pensar no tipo de atividades que são dadas a esse público na escola.

Para a professora de Pedagogia da Universidade Positivo, Ana Carolina Kosiak, a superdotação pode ser percebida quando as crianças entram em idade escolar. Mas o grande ponto a ser discutido, para ela, é que as habilidades aparecem de forma diferente em cada caso.

Para melhorar as políticas públicas nesse setor, segundo a professora, além de um atendimento específico, a busca por instrumentos adequados de avaliação, de identificação e de atendimento, é preciso também pensar na articulação entre várias partes da sociedade.

A audiência pública é realizada na terça-feira, às 9 horas da manhã, na Assembleia Legislativa e é organizada pelo deputado estadual Evandro Araújo (PSD).