Após a morte de quatro crianças em uma creche em Santa Catarina, e que acendeu alerta em todo o país, a Polícia do Paraná divulgou um material com orientações para a população. “É preciso cuidado ao compartilhar conteúdos sobre massacres e atentados para evitar efeito contágio, o que pode encorajar outros atos violentos”, afirma a corporação.

A Polícia pondera, ainda, que circulam casos de notícias falsas, criadas por alunos ou ex-alunos, com a intenção de gerar insegurança, pânico, para ter visibilidade, fazer brincadeiras de mau gosto ou até mesmo impedir aulas.

Reforço

Prefeituras do Brasil, incluindo do Paraná, reforçaram a segurança nas escolas e creches. Em Curitiba, ações já são realizadas há tempos, segundo a prefeitura. Todas as escolas municipais possuem Botão do Pânico, por exemplo. Os CMEIs devem receber o dispositivo em breve. A secretária de Educação da capital, Maria Silva Bacila, explicou à CBN que os alunos são treinados para lidar frente situações de perigo.

Em Paranaguá, no litoral, a prefeitura determinou reforço no patrulhamento em frente e nos arredores das escolas – assim como Matinhos, Pinhais, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Tibagi, Quatro Barras, Maringá, Cascavel, Jacarezinho, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Londrina e outras cidades.

A orientação é para que pais e responsáveis monitorem a rotina dos filhos, contatos em redes sociais, o que é levado dentro da mochila para a sala de aula e, acima de tudo, conversem com as crianças e adolescentes.

A Polícia diz que todas as denúncias de casos envolvendo possíveis ataques no Paraná estão sendo investigadas. Nesta semana, um adolescente foi apreendido após disseminar mensagens de ódio e ser acusado de planejar um ataque em Colombo. Ele foi encaminhado para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e deve cumprir medidas socioeducativas. As autoridades afirmam que com ele, no entanto, foram encontradas conversas em redes sociais e uma arma de brinquedo.

As autoridades enfatizam que “adultos e adolescentes envolvidos em ameaças ou planejamento de ataques serão presos e irão responder criminalmente por seus atos”.

Ameaças de ataque ou massacre podem ser denunciadas pelo telefone 181.