O Paraná figura entre os estados brasileiros onde a população tem as melhores condições de acesso a alimentos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na última sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que 84,7% dos domicílios paranaenses estavam em situação de segurança alimentar ao final de 2024. O índice é superior ao registrado em 2023 no Estado (82,1%) e está acima da média nacional (75,8%).
A proporção de domicílios em insegurança alimentar caiu 2,6 pontos percentuais em apenas um ano no Paraná, passando de 17,9% em 2023 para 15,3% em 2024. Na prática, isso significa que 107 mil paranaenses deixaram a situação de insegurança alimentar em apenas um ano. Em números absolutos, 3,71 milhões de moradias paranaenses tiveram acesso adequado à alimentação no último ano, 153 mil a mais do que em 2023.
Índices restrição alimentar
Entre os domicílios que ainda enfrentam algum grau de restrição alimentar, 11% estão em nível leve, 2,3% em moderado e 1,9% em grave. No recorte populacional, 9,92 milhões de paranaenses têm acesso garantido a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, contra 1,9 milhão que permanecem em situação de restrição.
Os indicadores estaduais contrastam com os nacionais, em que 24,2% dos lares apresentaram algum grau de insegurança alimentar em 2024. Os percentuais mais elevados foram observados em estados como Pará (44,6%), Roraima (43,6%) e Amazonas (38,9%). Já as situações mais graves ocorreram no Amapá (9,3%), Amazonas (7,2%) e Pará (7%).
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Sobre a metodologia
A segurança alimentar ocorre quando todas as pessoas de um domicílio têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem comprometer outras necessidades essenciais. O levantamento considera em situação de insegurança alimentar os domicílios em que houve, nos três meses anteriores à coleta, preocupação com a falta de alimentos, redução da qualidade ou da quantidade das refeições, ou até mesmo a vivência da fome.
A classificação da insegurança alimentar é dividida em três níveis: leve, moderada e grave. O nível leve ocorre quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade. O nível moderado caracteriza-se pela redução da qualidade e da quantidade de alimentos entre adultos. Já o nível grave envolve a redução da qualidade e da quantidade de alimentos também entre crianças e adolescentes.
Com informações da AEN/PR








